O Brasil é um dos países onde as pessoas menos pagam pela internet móvel pré-paga. A informação foi divulgada em uma pesquisa da Associação Brasileira de Telecomunicações (TeleBrasil) que coloca a nação em quarto lugar entre outras 17 de grande porte. Apesar disso, o peso dos impostos brasileiros no preço final para os consumidores continua sendo o maior do mundo, tendo aumentado em relação aos dados fornecidos no final de 2016.
O relatório consultou preços cobrados entre os dias 2 e 16 de outubro deste ano. Os resultados apontam que o Brasil cobra, em média, US$ 6 por um pacote de internet pré-paga com um mínimo de 500 MB, o equivalente a cerca de R$ 19. Isso coloca o país em quarto lugar na lista, que é liderada por Índia (US$ 1,2), China (US$ 4) e Rússia (US$ 5,9). No outro extremo, estão os Estados Unidos (US$ 25) e a Austrália (US$ 23,1).
Internet pré-paga brasileira é uma das mais baratas do mundo, diz pesquisa (Foto: Reprodução/TeleBrasil)
Além disso, o resultado mostra uma queda nos preços do país, que ficou em sétimo lugar em uma pesquisa semelhante feita em 2016. Na época, o valor médio cobrado era de US$ 7,4, (aproximadamente, R$ 24), o que representa uma queda de 18%.
Os preços consultados se referem a pacotes promocionais que não incluam fidelização, sejam de internet 3G ou 4G, desconsiderando planos para modens.
Além do Brasil, o estudo incluiu 17 países de diferentes continentes, como Estados Unidos, China, Reino Unido e Argentina. A escolha por esses lugares se deu devido à sua relevância para o setor de telecomunicações.
Quando o assunto é internet móvel pós-paga, novamente o Brasil aparece entre os primeiros colocados, com preço na casa de US$ 8,50 pelo serviço básico com franquia de pelo menos 500 MB. Índia, China, Rússia e Portugal estão na frente. Os Estados Unidos concentram o serviço com valor mais elevado, de US$ 30.
País é o que cobra mais tributos do serviço de Internet (Foto: Reprodução/TeleBrasil)
Apesar da notícia da queda dos preços, quase a metade dos valores são revertidos em impostos. O Brasil foi, novamente, o campeão na quantidade de taxas cobradas, que equivalem a 43,2% do total. O país tem quase o dobro do valor percentual do segundo colocado, a Argentina, com 26,2%. O valor também é 0,2 pontos percentuais maior do que o do mesmo período de 2016.